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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Όνειρο (Oneiro)

... Ela apareceu-me com feições de criança, mas eu sabia ser uma jovem por quem nutria certo interesse. Quis consultar as horas. Não achei o despertador. Talvez estivesse caído embaixo da cama. Às vezes acontecia. Fechei os olhos, tentei retomar o sono. Uma destas canções que tanto atraem os jovens preencheu o quarto. Ela desnudava-se ao seu ritmo. Toda nua, abriu a janela do quarto, e uma brisa fria o invadiu. Aproximou-se de mim, imóvel em minha cama, eu evitava olhar para seu corpo. “Eu adoro sexo oral e você?”, selando um beijo em meus lábios. De imediato queimei de volúpia. Ao mesmo tempo, certa repugnância me imobilizava. Era uma criança. Como eu não me movesse ela subiu sobre mim, abrindo as pernas sobre meu rosto: “ser chupada me leva às nuvens e tu o fazes tão bem”. O seu cheiro era inebriante, estava prestes a ceder... O despertador logo me trouxe a realidade. Tomei um banho, o café, preparava-me para sair: “Não vai à escola hoje não”. Virei em direção ao quarto: “Eu não sabia que meu irmão transava tão bem”... Já não tinha mais certeza alguma... Talvez eu ainda durma.


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