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terça-feira, 26 de junho de 2012

A cadeira

A cadeira, eu disse a cadeira, não uma cadeira, ou esta cadeira. A cadeira estava próximo da janela, qualquer janela..., uma janela ou é janela ou não é. A cadeira estava próxima da janela e este menino, este que está aqui do meu lado e me chama de paie e não para de falar um instante, e diz que vai arrumar o seu carro, que não é um carro, mas uma almofada, e que deixou de ser almofada, porque este menino, que me chama de paie e não para de falar, já arrumou um parafuso, que não é parafuso mas uma “chafe da polícia” e a policia pulou na pixina que é o tapete, não um tapete ou este tapete, mas o tapete,  a pegou e a arrastou. A cadeira estava perto da janela e este menino que não para de falar e me chama de paie a arrastou pela casa, porque para ele a cadeira, não esta cadeira ou uma cadeira, a cadeira não é, pois que a transforma em cavalo, e não há cavalo algum aqui para que eu possa dizer “a transforma neste cavalo”, então a cadeira é cavalo e agora é carro e este menino que agora canta “num lava o pé, num lava num qué... que sulé.., está indo ao mercado, que é o quarto, em seu carro-cavalo- cadeira. “Quem não lava o pé filhinho?” “É  Maco Monka Piikita... num lava, num qué...”

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