Não conheço nenhuma outra razão para amar
senão amar.
(Fernando Pessoa)
Na noite anterior ao
corrente caso eu tomava cerveja e comia um bom petisco na companhia de
Adalberto Soares, Camila Antunes e Jhoana Medeiros. Foi Camila que levantou a
discussão citando o Pessoa: “o que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do
mundo! Se eu soubesse pensaria nisso” ... “O que pensa você sobre morrer de
amor?” Perguntou a mim e ao Adalberto. “O amor”, parafraseando o Pessoa, disse Adalberto:
“o amor é para quem nasce para o conquistar e não para quem sonha que pode
conquista-lo. E a morte é a conclusão de tudo.” Jhoana Medeiros abriu-lhe um
sorriso invejável. Queria eu receber um tal sorriso... Na manhã do corrente
caso acordei com o sorriso desejado a meu canto. Senti-me a melhor pessoa do
mundo, levantei, tomei uma ducha, vesti-me e preparei o café. Jhoana
levantou-se procurando suas peças intimas espalhadas pelo quarto. Entrou
no banheiro e tomou um demorado banho... “Você é o máximo”, beijou-me os lábios
untando-os de batom e abriu aquele sorriso. “Pra mim”, disse-lhe, “morrer
agora, quando o amor apenas aflora, seria perfeito” ... Por um instante os
sentidos se me esvaíram, apaguei como uma vela ao sopro. Foi amor súbito: “Sinto
uma alegria enorme/ Ao pensar que minha morte não tem importância nenhuma”
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