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quarta-feira, 7 de maio de 2014

FRUTA VOZ


Às Crianças da Escola Dr. Lauro Celidonio Gomes dos Reis

Fruta voz se come apenas no verão, quando bem vermelha e caída do pé: “nunca coma fruta voz tirada com as próprias mão. Ai, meu Deus, é pura confusão!”, dizia a avó de Claudio. Mas ele não ouvia não: “bestagem, vó, bestagem!” Numa tarde de inverno, Claudio, sem à avó dar atenção, subiu na árvore e comeu três frutas vozes de uma só vez. Uma, voz de gente calma, outra, de gente brava, a terceira ora silenciava, ora gritava. No estomago de Claudio fizeram a maior confusão. E Claudio não podia abrir a boca, que as pessoas ora achava que ele alguma coisa perguntava, ora ficavam assustadas pensando que ele quisesse brigar. Ora se desculpavam, pediam para ele repetir, pois não o escutavam. “Vó, o que eu faço, como deste mal eu me livro”, recorreu Claudio à sua vozinha. “Ai, meu filho,” disse a avó de Claudio, “só um mar de risos infantis, para esta história por fim”. Foi assim que Claudio encontrou-se com as crianças da Escola Dr. Lauro Celidonio Gomes dos Reis, e ainda encontra-se mergulhado em seus olhinhos estrelares.

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