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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O CINISMO DE DIREITA

O texto que segue é do Marco Marques, de quem discordo num só ponto: O Pedro Cardoso, no espaço em que estava, cumpria apenas um papel: era um personagem em cena!
 
Assistindo a entrevista de Diogo Mainard no Roda Viva e lendo a crítica de Edgar Puxa Saco a crítica que Pedro Cardoso fez aos proprietários das mídias invasora da privacidade de artistas, obtive dois exemplos que vou usar para desenvolver o tema deste texto.
Uma coisa que a gente vêm observando a mídia fazer (no caso, a grande imprensa) e deve fazer, é a cobrança de ética nas iniciativas tomadas por nossos políticos partidários. Porém, há uma série de elementos nessa crítica, que também não passam desapercebidos aos olhos do crítico sagaz e que sabe que a crítica não é algo que existe fora do tempo. A crítica também é parte daquilo que ela critica (a sociedade).
Diogo Mainard, quando perguntado se ele publicava informações contra o expresidente Lula sem verificar se eram informações verdadeiras ou mentirosas, ele respondeu que publicava tudo que chegava contra o Lula. Ele é contra o Lula - que na opinião dele é um político sem caráter - e tudo que chega contra o Lula ele "acredita".
Agora vamos analisar isso... Um determinado crítico que é funcionário de um grande veiculo de comunicação chega e defende a tese de que ele possui o "direito" de publicar tudo, verdades e mentiras sobre alguém, colocando-se no direito de caluniar uma pessoa e enganar seus leitores para que estes fiquem a favor do ponto de vista deste "crítico" e ajam de acordo com este ponto de vista. Esse mesmo individuo diz se posicionar contra o político que ele diz ser sem caráter. Mas, me respondam: Qual é o caráter do sujeito que faz da calunia e do de desinformar os seus leitores, uma norma? Vocês podem achar o Lula um bom ou um mau político. Não é essa a questão. O que está em questão aqui, é: Um pseudocritico pega pedaços de crítica, junta esses pedaços a falsas críticas e com elas informam desinformando. Isso não é corrupção? Sabendo que usa a estratégia de ludibriar o leitor, vocês dão moral a pseudocrítica de alguém que está pouco se lixando para o seu ponto de vista? (O que interessa a ele é impor o ponto de vista dele a você usando uma mascara de ético. O que me leva a consideração quando penso num sujeito deste tipo, que, o sujo está a falar do mal lavado; o cú está a criticar a bunda.) Bem pior que isso, VEJA, faz o leitor de trouxa que pensando ser informado e sabedor da critica, é na verdade só um fantoche do falso crítico. Se você é a favor de um jornalismo sério que te convença sem te enganar, não compre a Veja, nem compre nenhuma outra publicação da editora Abril, pois quem pública um jornalismo movido a corrupção, corrupto também o é. Em meio à entrevista, quando questionado sobre o que ele pensa das publicações da internet, Diogo fez apenas ofender os internautas dizendo que são todos uns trouxas leitores de mentiras e informações mal embasadas (a diferença é que as mentiras dele são bem embasadas?). Quando ele disse que na internet há muita mentira e há uma grande ignorância tanto em quem as publica quanto em quem as lê, concordei com ele, pois de fato há muita burrice na internet. Na internet, por exemplo, uma pessoa lê um comentário breve no Facebook, ou no Twiiter, de alguém criticando algo que outra pessoa disse ou fez (ou supostamente disse ou fez) e sem nem saber se realmente foi dito, e qual o contexto, o leitor internauta começa a imitar a fala do crítico (ou pseud como o Mainard) e todos os seguem por osmose falando mal de algo que eles nem buscaram se informar direito do que seja. Esse falar sem se aprofundar no tema - sendo que alguns até pedem desculpas de escrever um texto mais rebuscado (inclusive cheguei a ver até professores universitários fazerem isso), cria um movimento de ignorância efeito dominó. Isso tem bastante na internet. Porém, isso tem bastante na TV, tem bastante na mídia impressa, tem bastante no rádio e tem bastante na boca de Diogo Mainard. O cidadão Mainard faz uma merda e acusa outro de ter feito outra merda, como se ele tivesse o monopólio da merda e apenas a merda do outro fedesse, a dele fosse cheirosa. No entanto não interessa qual o veiculo de comunicação. O jornalista critico não pode fazer merda, fazendo da cabeça das pessoas uma privada. Mesmo porque, as merdas em grandes veículos de comunicação são até mais fedorentas do que na net, pois nesses grandes veículos os cagadores usam uma mascara falsa de profissionalismo (são profissionais em ludibriar, mentir, impor idéias as pessoas). Vamos considerar o verdadeiro motivo da irritação de Mainard com a internet.
A internet, assim como o mundo, possui o bom e o ruim; e o detalhe importante é que, independente da qualidade dos textos publicados em blogs ou em sites, a internet representa uma democratização da informação. Para o sujeito que costumava possuir o monopolio da informação, ou é uma puta puxa saco de quem possui esse monopólio, não interessa ver as pessoas livres para manifestar seus pensamentos, pontos de vistas, independente do nível desses pontos. Isso não interessa, pois ele é contra a democracia, ele é a favor da população continuar a ser manipulada e induzida a fazer o que ele pensa que as pessoas devem fazer. Então ele não somente é direita, mas ele também pertence a uma direta corrupta e com a visão de um ditador que de tão sordido, esconde-se numa pseudoimagem de critico. Esse pseudocrítico sabe que ele está induzindo as pessoas a agirem de acordo com o que convêm a ele. Ele é um cínico; enquanto boa parte dos leitores dele são apenas ignorantes que acreditam possuir senso critico - mas um senso critico sendo tão deturpado, violentado e manipulado como o é, torna-se um senso critico do mais ridículos dos sensos que se pode ter. - Pior do que o ignorante comum é o ignorante que acha-se informado e "critico".
Um outro exemplo de jornalismo que carece da isenção do jornalista que realmente possui ética, obtive lendo a critica de um colunista de um grande jornal, sobre a critica que Pedro Cardoso fez a mídia de fuxicagem sobre as celebridades. Ele, criticando o ponto de vista do ator, diz uma meia verdade ao dizer que Pedro não falou quem são os verdadeiros culpados por existir uma imprensa que faz da vida particular de artistas um produto de consumo de massas. No caso, o jornalista diz que o culpado é o povo. Reparem bem que eu disse que isso é uma meia verdade; inclusive achei interessante e instrutivo o artigo do Edgar Puxa Saco. É verdade que o povo tem sim sua parcela de culpa, afinal essa mídia vende revistas, dá audiência, e ninguém é obrigado a ser um consumidor dela. As pessoas compram porque gostam e são fúteis. Agora vamos falar do que o colunista não disse no texto dele e é uma parte fundamental da questão, negada por ele como se não existisse (a parte que o cínico não quer que você leitor fique ciente). A entrevista de Pedro no programa Na Moral, durou muito pouco tempo. O debate importante que ele iniciou duraria o programa inteiro e muito mais; porém, não interessa ao proprietário do grande veiculo de comunicação esse tipo de debate. Por isso o debate durou pouquíssimo tempo, e como é de praxe, aconteceu num horário que a maioria das pessoas estão dormindo.
Quando você coloca pessoas inteligentes e sagazes como o Pedro Cardoso, que não possuem a opinião prostituída e retalhada como a dos colunistas que citei nesse artigo, você está permitindo que muitas pessoas fiquem cientes de muitas coisas que sequer passam pelas cabeças delas. Concordando ou não com o Pedro, elas ficam realmente informadas conhecendo os vários lados de uma coisa e aí sim desenvolvendo um senso crítico não fundado em falácias. Isso interessa aos proprietários das maiorias das mídias de massas? Lógico que não. A estes interessa que a população permaneça ignorante, pois tendo uma plena consciência de suas condições na sociedade, as pessoas começam a questionar esses senhores que consideram-se os donos do mundo. A ele interessa que as pessoas permaneçam alienadas. Por esse motivo ele vai financiar uma imprensa de trivialidades e babaquices, como por exemplo colocar um afeminado para ficar falando mal da forma como as pessoas se vestem, e reduzir ao máximo o espaço de pessoas que tem opinião e sabem expressar essa opinião. Mantendo o nível intelectual da população baixo, eles não são questionados e mantem-se como classe dominante. Por que o colunista com sua pose de critico (na verdade um pseudocritico) não falou dessa outra metade? Por que ele só apresentou uma metade da questão como algo inteiro? A resposta é: Porque a direita só informa a população na base do cinismo e com a intenção de induzirem as pessoas a agirem do modo como eles querem que ela aja. Assim o que era para ser um informar e um debate inteligente em cima da informação, passa a ser uma briga entre setores políticos que estão menos preocupados com a realidade social do que estão em manter seus status e cargo político privilegiado que ocupam dentro do esquema político atual. Nisso os colunistas e críticos da maior parte da mídia, viram meros soldados que lutam para algum dos grupos políticos que querem manter-se como força de Estado.
Marco Marques.
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